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Ensaios-->A COMUNICAÇÃO E O HOMEM -- 13/11/2001 - 19:55 (Felipe Cerquize) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Nada do que foi feito pelo homem poderia existir se não fosse a constante troca de informações entre os indivíduos dessa espécie. O mais interessante de tudo é que, apesar de a coisa nem sempre ser feita de maneira organizada e racional, na maioria das vezes, acaba permitindo que cheguemos a conclusões importantes para o nosso próprio progresso. Um soco, um sorriso, um aceno, uma letra, mil palavras, uma música, um carinho, um xingamento, um elogio, um projeto, um dejeto, a indiferença, o apelo, a continência, a incontinência, o diálogo, o discurso e até mesmo o suicídio, como forma derradeira, são maneiras sutis, hostis ou incisivas de comunicação. Na verdade, em quase tudo ela está implícita, porque cada atitude manifestada e interpretada acaba fechando o ciclo que define essa palavra. A lapidação paulatina desse poderoso instrumento de nossa evolução é que vem, cada vez mais, diferenciando o homem dos outros animais. No início, espantávamo-nos muito mais do que devíamos, mas o entendimento gradual das coisas tem nos permitido eliminar espantos desnecessários, convertendo-os em ferramentas para a evolução. O fogo e a roda são exemplos clássicos de domínios inteligentes de elementos e formas que, no nosso mundo atual, tornam-se indispensáveis.

Define-se comunicação como “o ato ou efeito de emitir, transmitir e receber mensagens por meio, métodos e/ou processos convencionados, quer através da linguagem falada ou escrita, quer por meio de outros sinais, signos ou símbolos, quer utilizando-se de aparelhamento técnico especializado, sonoro e/ou visual”. Esta definição procura ser bem abrangente, mas me parece que ainda não é suficiente para cercar o domínio de possibilidades que essa palavra tenta significar. A telepatia, por exemplo, é uma forma ainda pouco explorada para troca de informações entre os seres humanos e, sem dúvida nenhuma, ainda virá a ser um instrumento muito mais poderoso do que qualquer outro que até hoje tenha sido utilizado por nós para este fim. Sabe lá o que é você perceber o que outra pessoa está pensando sem que haja uma manifestação física para que isto ocorra? Os sonhos talvez pudessem transformar-se em um Buñuel, representando o surrealismo de maneira bastante legítima. Mas o fato é que, apesar de todos os avanços obtidos nessa seara, ainda não sabemos praticamente nada sobre os meios efetivamente possíveis e sobre os caminhos a que o conjunto deles poderá nos levar. As manifestações espirituais, observadas em algumas pessoas, também são um grande mistério para a maioria dos mortais, sendo bastante interessantes, na medida que permitem troca de informações entre dois planos de vida distintos, que cientificamente não possuem interfaces que lhes concedam a possibilidade de comunicação, o que nos leva, inclusive, a encarar a vida após a morte como um assunto fundamentalmente esotérico.

E no mundo moderno, como é que vemos a sua manifestação? De maneiras cada vez mais sofisticadas, pois o homem, hoje, está muito mais ciente da força desse instrumento na conquista do velho e almejado lugar ao sol. Daí, surgiu uma nova forma de comunicação, embutida num pacote que passamos a chamar de mídia. A partir dela, consegue-se tudo ou quase tudo. Se o político promete, o povo acredita; se for feita uma propaganda de uma bicicleta voadora, as pessoas a compram por qualquer preço; se o neoliberalismo é anunciado como a panacéia universal, todos, abestalhadamente, o adotarão. Os meios de comunicação modernos estão aí, prontinhos para utilizar os nossos olhos, ouvidos e demais sentidos. A televisão, nós sabemos que hoje é o meio mais poderoso de todos, pois penetra em quase todos os lares, sem querer saber a quais classes pertencem. Aí, esparrama seus programas e comerciais, deixando as pessoas estateladas diante de sua tela. Mas a tecnologia não se dá por satisfeita com isto e continua assanhando-se e multiplicando o seu número de “chips” para outras direções. O computador é hoje a opção que mais extrapola o objetivo humano de se comunicar, armazenando, interpretando e propagando informações de uma forma absolutamente surpreendente para aqueles que ainda insistem em o acompanhar de longe. Talvez, este seja o meio que mais chances tem de atingir os últimos degraus da escala de compreensões mútuas sobre a qual desenvolvemos todas as nossas teorias e esforços no afã do progresso.

A evolução exponencial que hoje observamos só nos leva a crer que chegaremos muito rapidamente a situações inimagináveis há alguns anos. O ciclo de vida dos produtos está cada vez mais curto. A Hewlet-Packard (HP), por exemplo, tem lançado uma nova impressora para computador a cada seis meses. A General Motors lança um novo modelo de carro a cada três meses. Num mundo como este, a única certeza estável é a de que tudo vai mudar, o que nos leva a índices de obsolescência cada vez maiores. De repente, não acompanhamos mais nada, porque o mundo exige de nós uma busca tão acelerada pela atualização, que acabamos não respondendo com a velocidade exigida. Além do mais, a tendência é sempre nos acomodarmos em torno do que nos é conhecido, pois todo ser humano tem medo do novo. Hoje, 300 anos de jornal podem ser transmitidos em 1 segundo (1 trilhão de bits por segundo). Desde 1995, a venda mundial de computadores é maior do que a de televisores. No Media Lab, do Massachussets Institute of Technology, já conseguiram 16 horas de áudio num CD. Na Internet, tivemos 5 milhões de mensagens enviadas, enquanto você lia este parágrafo até esta linha, e teremos 1 bilhão de usuários até o fim de 2001. Hoje, 50 mil pessoas vão adquirir um telefone celular e 900 milhões de mensagens serão deixadas no correio de voz. O que antes demorava 1 século para acontecer, agora acontece em apenas 1 mês (Fotografia: 112 anos, telefone: 56 anos, rádio: 35 anos, televisão: 12 anos, transistor: 5anos, circuito integrado: 3 anos, AT 286: 1 ano, do 486 ao Pentium: 1 mês). Portanto, meus amigos, a informação será o único produto daqui para frente e a comunicação o suporte inalienável para que sigamos o ritmo das transformações correntes.

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